Venho escrever sobre um filme de Giuseppe Tornatore, o realizador de Cinema Paraiso, A lenda de 1900.
A história do filme é a de um menino abandonado num navio de cruzeiros pelos pais, que acaba por ser criado por um forneiro do navio.
1900, o nome da criança, cresce e torna-se adulto, demonstrando qualidades inatas para a música, mais propriamente o piano, passando toda a sua vida dentro do navio.
O filme é aconselhável apenas a pessoas que gostem muito de música.
O filme retrata a amizade entre 1900 e o trompetista da banda do navio, que anos mais tarde conta a história a todas as pessoas que se cruzam na sua vida.
O filme gira em torno da seguinte questão: será preferível viver dentro de um mundo finito onde as possibilidades se tornam infinitas, ou viver num mundo infinito com possibilidades finitas?
Quando 1900 está decidido a abandonar o navio, para conhecer o outro mundo, avista nas escadas do navio a cidade de Nova York o que o faz retroceder na sua intenção. Quando lhe perguntam porque voltou para trás, ele responde: "Vi onde começava a cidade, mas não vi onde acabava".
Mais tarde, quando o seu amigo o tenta convencer a abandonar o navio ele diz: "O que mais adoro é o meu piano, sei que tem exactamente 85 teclas (os mais recentes têm 88) das quais posso extrair infinito de músicas".
Se no início do filme ele nos diz: "Que se fodam os regulamentos!".
A meio do filme diz-nos:" Que se foda o Jazz!"
Deixo para quem ler esta critica, ou lá o que é isto, a interpretação destas frases e o seu sentido para o filme.
Há cenas BRUTAIS do filme como: 1900 a tocar piano na tempestade, o duelo com o rei do jazz e a bela perspectiva que Giuseppe Tornatore nos dá de um navio abandonado.
Foi dos filmes mais surpreendentes que vi ultimamente, com grandes interpretações de Tim Roth ( fez filmes como o Pulp Fiction, Cães Danados e Incrivel Hulk) e de Pruitt Taylor Vince.
Giuseppe Tornatore tem um modo muito especial de nos tocar e de criar cenas marcantes.
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