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sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Sherlock Holmes

Para quem gosta dos filmes de Guy Ritchie, e para quem não gosta, aqui está mais um belo filme do realizador.
Sherlock Holmes é um filme que prima por personagens pitorescas, o próprio Sherlock é uma grande interpretação do actor Rober Downey Jr.
Se, por exemplo no Rocknrolla, o realizador aproveitava a máfia russa e os seus tentáculos no sector da construcção em Londres, e fazia daqui a história do seu filme, neste filme Ritchie cria a história e depois mostra-nos aquilo que poderia ser o inicio do uso de armas químicas, a espionagem e contra-espionagem e a corrida às novas tecnologias como meio de aperfeiçoamento bélico.
Mais uma vez num filme de Guy Ritchie as cenas de luta são do melhor que podemos ver no cinema e os diálogos são óptimos, ao nível dos melhores de Tarantino e apimentados com uma boa dose de humor.
Um filme a ver.

domingo, 14 de fevereiro de 2010

O Homem Elefante

O monstro é assustador, vive enclausurado e só serve para matar a curiosidade dos homens.
O monstro é disforme e com uma figura assustadora.
O monstro recita a biblia sagra e adora Shakespeare.
O monstro socializa e faz amigos.
O monstro adora o dia e destesta a noite.
O monstro é explorado por outros
O monstro é aterrorizado durante a noite e encanta durante o dia.
O monstro vai ao teatro e é aplaudido de pé.
Os monstros somos nós e afinal ele apenas quer ser como nós.

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Fome

Infelizmente e por falta de tempo, não tenho vindo aqui tantas vezes quanto as desejadas. Razões? Trabalho, mestrado e problemas pessoais que muito me inquietam.

Mas venho escrever sobre um filme que vi à bem pouco tempo e que recomendo vivamente (infelizmente tempo para leituras não existe mesmo, já me bastam artigos cientificos).

O filme que sobre o qual escrevo chama-se, Fome.

O filme retrata as condições desumanas a que se sujeitavam os presos do IRA na Irlanda do Norte, durante a greve da sujidade e do cobertor. Os presos recusavam a farda de prisioneiros, usando apenas um cobertor, na sua sela a latrina não tinha papel e as paredes eram castanhas (sim, exacto, adivinharam), recusavam banhos ou qualquer outra forma de higiene.

Neste bloco da prisão sofriam os presos (por opção), os guardas, médicos e todas as pessoas envolvidas com estes agentes.

Além desta realidade tão bem retratada no filme, acompanha-mos a greve de fome de Bobby Sands e a lenta deterioração e agoniante deterioração do seu corpo.

A vida de Raymond Lohan, o guarda prisional que vivia apavorado e marcado por tudo o que se passava no bloco.

Neste filme que retrata factos veridicos da luta dos militantes do IRA para obterem o estatuto de presos politicos, destaco também o magnífico diálogo entre o pároco da prisão e Bobby Sands, quando este decide que vai fazer greve de fome até ás ultimas consequências. Um diálogo a roçar a perfeição.

Vejam

domingo, 11 de outubro de 2009

Gato Preto Gato Branco

Grande filme de Emir Kusturica.
Adorei ver este filme, ao contrário de Underworld, Gato Preto Gato Branco (GPGB) é um filme, na minha opinião, bem melhor.
Se Underworld é um grande filme no princípio, conforme o filme avança vai-se diluindo a sua qualidade, com Kusturica a complicar demasiado a acção para fazer passar ideias simples. O final do filme é mesmo anarquico e alternativo demais na minha opinião.
Já GPGB, é um filme em crescendo em que acabamos a dar gargalhadas com as personagens e com situações caricatas. Ao contrário da muita filosofia que é descorrida sobre esta obra, na minha opinião, este filme é apenas e só uma grande comédia, e que comédia... Uma comédia muito inteligente que com uma acção mais simplificada, consegue passar na perfeição as ideias do autor, e é claro um filme baseada em ciganos tem de ser muito rico em falcatruas e situações surreais.
Uma palavra para os cenários deste filme, simples mas deliciosos.
É também justo referir que não há filmes com melhor banda sonora, que os filmes de Emir Kusturica. Por vezes dá vontade de nos levantarmos e dançar.
Como grande fã de Tim Burton que sou, tenho de referir que me parece haver uma tendência Burtoniana na obra de Kusturica, em personagens marcantes e muitas vezes irreais, e em situações hilariantes e utopicas.

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Acordado

Este filme de 2007, tem como actores principais Hayden Christensen, Jessica Alba e Terrence Howard.

É um bom filme para quem tiver uma hora e meia de tempo morto e quiser aproveitá-la com algo produtivo, visto o filme ser leve, interessante e de apenas 1h20m, que acabam por voar.

O filme é uma adaptação cinematográfica de uma obra literária.

O roteiro do filme tem como base uma operação de transplante de coração, feita a Clay (Hayden Christensen), em que este embora adormecido, consegue ouvir o que se passa à sua volta e sentir todos os procedimentos da operação. É algo que acontece muito raramente durante as operações, o paciente está a dormir, mas consciente de tudo o que se passa à sua volta, estando em profundo sofrimento porque sente tudo o que lhe estão a fazer, e em agonia porque não consegue transmitir o que sente.

É durante a operação que se apercebe a trama do filme. Se numa certa altura o roteiro é previsivel, o final é inesperado.

Não posso adiantar mais sobre esta película, pois de outro modo ficar-se-ia a conhecer o filme antes de o ver.

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Rocknrolla

Este filme parece um malho de AC DC ou de Guns N' Roses, o ritmo é intenso e frenético e agarra-nos do principio ao fim do filme.

A história do filme? Bem vou tentar!

O filme é quase um filme puzzle com várias acções paralelas, que decorrem entre si e com influência umas nas outras.

Uma estrela do rock que é dada como morta afinal está viva e consegue encontrar o significado da existência humana num maço de tabaco.

Dois produtores discográficos são chantageados.

Um mafioso local com ligações ao negócio das construcções.

Uma quadrilha de bandidos que faz trabalhos para outros mafiosos.

Uma contadora que engana os próprios clientes e que deixa meio mundo apaixonado.

Um mafioso russo que quer entrar no negócio das construcções locais.

Um senador corrupto.

Um gangster gay.

Um bufo.

E por fim, o mais importante, um quadro que é emprestado depois roubado depois descoberto depois comprado depois achado e que pelo caminho muda sempre a história do filme.

UUUUUUUUUUUUFFFFFFFFFF!!!!!

Bom basicamente é isto, baladas e bandas tipo Radiohead aqui são só para meninos, o ritmo é alucinante.

O guião é excelente e estou rendido por completo ao Sr. Guy Ritchie.

Ficamos à espera do, Verdadeiro Rocknrolla.

sábado, 29 de agosto de 2009

Identidade Kubrick

Vi o filme Identidade Kubrick (IK)e ao contrário da maioria das críticas que vi na net, o filme não me desiludiu antes pelo contrário. Posso até afirmar que ainda bem que não vi antes as críticas na net, pois assim deixaria de ver o filme, e agora ao pensar nisso vejo que teria perdido um bom filme.

IK é uma daquelas comédias que não nos faz soltar gargalhadas, mas ficamos do inicio ao fim com um sorriso aparvalhado na cara. Durante uma hora e meia esquecemos os problemas que nos rodeiam e a nossa vida e concentramo-nos nas aventuras do burlão Alan Conway (AC).

AC é um burlão, alcoólico e homossexual, que se faz passar por Stanley Kubrick (SK). Durante todo o filme AC engana as mais diferentes pessoas, o homem do talho, uma banda de heavy metal, criticos de cinema... enfim qualquer pessoa a quem pudesse roubar um apetecivel projecto, dinheiro ou por apenas umas horas de sexo.

O mais "nonsense" em todo o filme é que AC, nem sequer conhece a obra de SK, o que não o impede de enganar meio mundo.

Ao contrário da grande parte das criticas que li na net, penso que o filme alcança o objectivo a que se propõe, ser uma comédia que nos faz apaixonar, odiar, divertir e ter pena da personagem principal. Penso que o objectivo do realizador nunca foi fazer uma homenagem a SK, fazer uma obra-prima ou uma grande critica a Hollywood e ao show business.

Uma das criticas com que concordo é o facto de John Malcovich arrebatar o filme completamente para si, o seu AC é deveras fantástico e embora seja um grande boneco, também há por ali muito John Malcovich.

Enquanto vi o filme e as suas situações mais caricatas perguntava a mim próprio: "E se fosse eu a ser burlado desta maneira, não cairia também?" A resposta é: "Sim cairia.". De facto o ser humano não é dificil de enganar, basta ter à sua frente uma figura credível, ou melhor uma figura que pensemos ser credível, e ouvirmos exatamente aquilo que queremos ouvir. A partir deste momento estamos prontos para a "matança".

A verdade é que visto de fora, as burlas de AC parecem fazer parte de um qualquer cenário Kafkiano. Visto por dentro, bom visto por dentro, o guião do filme é baseado em factos veridicos e AC existiu mesmo.

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

State of Play

"People still know what's serious information and what is bullshit."

"This is good journalism".

Eis duas das frases que destaco deste grande filme de Kevin Mcdonald.

A frase é do jornalista Call MacCaffrey, um jornalista de investigação à antiga interpretado de modo simples mas criativo por Russel Crowe.

O filme conta ainda com Ben Affleck, Rachel McAdams a estrela de Red Eye e Jason Bateman.

A acção do filme tem como pano de fundo as lutas internas que os Estados Unidos travam contra empresas de armamento, a quem os governos deram poderes ilimitados e que agora são de dificil controlo, para quem a guerra e a segurança interna é apenas um negócio independentemente das baixas.

O filme começa com a morte de uma acessora e amante de um senador que luta nos tribunais contra uma poderosa empresa de armamento.

Um jornalista de investigação irá tentar desmantelar o puzzle que se forma entre o senador, a empresa de armamento e o assassinio da acessora.

O jornalista Call MacCaffrey terá a ajuda de uma jovem jornalista Della Frye para conseguir juntar as peças da história. Della é uma jovem jornalista que dá mais importância a imprensa de Blog que tem uma opinião sobre tudo e todos, mas normalmente completamente vazia de conteúdo e de verdadeiro trabalho jornalistico.

O filme mostra-nos a importância que o bom jornalismo tem ou deveria ter, na nossa sociedade actual, onde as peças jornalisticas têm cada vez menos conteúdo e factos e cada vez mais opinião individual.

O jornalismo de investigação terá de ser a grande aposta futura da imprensa escrita, é este jornalismo que poderá salvar esta imprensa, da cada vez maior concorrência da Internet.

Há ideias e histórias que se conseguem transmitir melhor no papel. Haja editores que se lembrem disto e se lembrem da dívida que tem um jornalista para com a sociedade que lhe confere direitos especiais que mais nenhuns cidadãos têm.

O jornalismo é ainda hoje o maior poder na civilização ocidental.

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Bobby

Fui hoje à biblioteca da Mealhada procurar um filmezito para ver e depois de muito procurar na prateleira lá me deparei com um que me chamou mais a atenção, chamado Bobby.

O elenco é luxuoso: Sir Anthony Hopkins, Christian Slater, Demi Moore, Laurence Fishburne, Helen Hunt etc… e sal.

O filme está próximo de ser um filme puzzle, mas não o é.

A obra decorre durante a eleição de Robert Kennedy como candidato dos democratas para a presidência dos EUA, onde nos é mostrado através das personagens os conflitos sociais e culturais de uma América a viver a sua mais importante década, os anos 60. Poder-se-ia dizer que o país vivia uma crise existencial, com as questões raciais e o Vietname a “pedir” a definição do país.

A acção do filme passa-se quase inteiramente no hotel Ambassador, onde a vida de brancos, negros, mexicanos, casais, amantes, reformados, drogados, deprimidos, enfim toda uma sociedade moderna, se cruza senão directamente acabarão por se cruzar indirectamente.

A acção do filme vai desaguar no assassinato de Robert Kennedy por Sirhan Sirhan (O motivo para assassinar Kennedy seria em retaliação pelo apoio americano a Israel na Guerra dos Seis Dias em 1967).

Os discursos de Robert Kennedy remetem-nos para o actual presidente, Obama. Um discurso assente na esperança, na fraternidade e acima de tudo a apontar um caminho que deveria, e deve, ser seguido.

O filme mostra-nos aquilo que a América podia ter sido e acabou por não ser. Os republicanos por Nixon acabariam por vencer as eleições em 1968.

O final do filme é para ver, rever e voltar a ver.

quarta-feira, 20 de maio de 2009

A lenda de 1900

Venho escrever sobre um filme de Giuseppe Tornatore, o realizador de Cinema Paraiso, A lenda de 1900.

A história do filme é a de um menino abandonado num navio de cruzeiros pelos pais, que acaba por ser criado por um forneiro do navio.

1900, o nome da criança, cresce e torna-se adulto, demonstrando qualidades inatas para a música, mais propriamente o piano, passando toda a sua vida dentro do navio.

O filme é aconselhável apenas a pessoas que gostem muito de música.

O filme retrata a amizade entre 1900 e o trompetista da banda do navio, que anos mais tarde conta a história a todas as pessoas que se cruzam na sua vida.

O filme gira em torno da seguinte questão: será preferível viver dentro de um mundo finito onde as possibilidades se tornam infinitas, ou viver num mundo infinito com possibilidades finitas?

Quando 1900 está decidido a abandonar o navio, para conhecer o outro mundo, avista nas escadas do navio a cidade de Nova York o que o faz retroceder na sua intenção. Quando lhe perguntam porque voltou para trás, ele responde: "Vi onde começava a cidade, mas não vi onde acabava".

Mais tarde, quando o seu amigo o tenta convencer a abandonar o navio ele diz: "O que mais adoro é o meu piano, sei que tem exactamente 85 teclas (os mais recentes têm 88) das quais posso extrair infinito de músicas".

Se no início do filme ele nos diz: "Que se fodam os regulamentos!".

A meio do filme diz-nos:" Que se foda o Jazz!"

Deixo para quem ler esta critica, ou lá o que é isto, a interpretação destas frases e o seu sentido para o filme.

Há cenas BRUTAIS do filme como: 1900 a tocar piano na tempestade, o duelo com o rei do jazz e a bela perspectiva que Giuseppe Tornatore nos dá de um navio abandonado.

Foi dos filmes mais surpreendentes que vi ultimamente, com grandes interpretações de Tim Roth ( fez filmes como o Pulp Fiction, Cães Danados e Incrivel Hulk) e de Pruitt Taylor Vince.

Giuseppe Tornatore tem um modo muito especial de nos tocar e de criar cenas marcantes.

sexta-feira, 8 de maio de 2009

Autocarro 174

Vi há poucos dias um filme brasileiro o qual gostei bastante, decidindo assim escrever algumas linhas aqui.

O filme é o autocarro 174.

A história gira à volta de 2 meninos de uma favela do Rio de Janeiro. Um é tirado à mãe por um traficante a quem a mãe devia dinheiro, o outro tem a mãe assassinado quando criança.

A história destas duas crianças cruzam-se na sua juventude, onde nasce uma amizade e ao mesmo tempo uma rivalidade.

A história vai acabar no sequestro de um autocarro por parte de um deles.

Este sequestro é baseado na história verídica que em 2000 chocou o Brasil e que foi mais um despertar de consciência para os brasileiros, que não podem continuar a ignorar a tragédia social e criminal que se apodera de algumas das suas cidades.

O realizador Bruno Barreto, aproveita este acontecimento para mostrar a realidade crua da vida destes meninos de rua. Se por um lado a vida lhes prega muitas rasteiras, eles também muitas vezes preferem não aproveitar quando a mesma vida lhes dá a mão para os tirar do buraco.

Durante o filme pode-se ver a facilidade com que matam, roubam e se auto-destroem, e se por um lado conseguimos ter pena destes seres humanos que sangram como nós, por outro não conseguimos encontrar justificação para matarem por causa de uma simples carteira.

O filme além de me deixar a pensar na sorte que tive em nascer onde nasci e ter a família que tenho, também me trouxe o pensamento que se muitas vezes existem problemas sociais que justificam os actos de certas pessoas, outras vezes esses problemas sociais são apenas uma desculpa fácil para premir o gatilho.

quinta-feira, 30 de abril de 2009

Vera Drake

Confesso que não sou um grande fã de cinema alternativo, perdão, nem costumo fazer distinção entre cinema alternativo e cinema mais comercial, ou Hollywoodesco como diriam alguns.

Um dos últimos filmes que vi foi um chamado filme alternativo, de seu nome Vera Drake.

O filme é um drama passado na Inglaterra do principio os anos 50, que retrata a história de Vera Drake, uma mulher feliz com a vida, feliz com a sua família e respeitada pela comunidade, que leva uma vida paralela a fazer abortos clandestinos, ou como ela diz:"A ajudar rapariguinhas em apuros".

Vera vê-se em apuros quando a policia lhe bate à porta e a confronta com os seus crimes, tendo de contar as suas actividades à familia.

Em paralelo à história de Vera decorre a história de Susan, uma menina rica que é violada pelo namorado e que recorre aos médicos para fazer o aborto.

O filme é da realização de Mike Leigh, que tem uma maneira peculiar de trabalhar com os actores.

Normalmente os actores não sabem como se vai desenrolar a história da sua personagem, apenas sabem os traços gerais das suas personagens.

Ele coloca os actores a ensaiar as suas partes, mas apenas as suas partes, na cena em que Vera está com a familia e a policia lhe bate à porta, nenhum dos actores sabia quem estava do outro lado da porta, as suas reacções tiveram de ser improvidas para a cena em questão.

Resumindo ele trabalha as linhas gerais das personagens até o actor a ter a personagem bem enraizada, captando depois as emoções das personagens quando estas são confrontadas com um pedaço da história do filme.

Para mim foi uma óptima experiência ver este filme e ver como é colocada a questão do aborto nas suas bases legais contra as suas bases morais.

Vera Drake é uma personagem muito bem construída, e embora não seja uma história veridica, concerteza que terá acontecido com muitas mulheres em todo o mundo.

O filme foi distinguido, entre outros prémios, com o Leão de Ouro do Festival de Cinema de Veneza.