sábado, 2 de maio de 2009

Como muitos que me conhecem sabem, um dos meus gostos é a música, em especial o rock.

Uma das minhas bandas favoritas são os Guns N' Roses, tanto os velhos Guns como os novos.

Tentarei fazer uma crítica ao tão esperado, criticado, odiado e adorado álbum dos Guns, Chinese Democracy.

Chinese Democracy é um álbum que vem mais no seguimento dos Illusions do que propriamente um novo Appetite for Destruction, ou seja, é a continuação da obra discográfica dos Guns n' Roses.

Axl Rose sempre disse que queria fazer um som novo e continuar a evolução da sonoridade da banda, aliás se assim não fosse provavelmente Slash e Duff ainda fariam parte dos Guns.

Devido a ser um álbum mais heterogéneo do que homogéneo, a variedade de estilos é muito grande dentro da obra, mantendo-se o hard rock como a base do som dos Guns. Por este facto, farei a critica das músicas individualmente.

1- Chinese Democracy- o single de estreia deste álbum, uma música rápida e com um riff cativante, a música foi muito bem trabalhado a nível de guitarras e é impossível ficar-se indiferente quando se ouve. O solo está muito bem composto e a linha de bateria muito energética, a fazer lembrar mais o Steven Adler do que o Matt Sorum, algo que se mantém durante todo o cd.
É uma música à Guns sem dúvida e onde só faz sentido ser cantada com a voz do Axl.

2- Schackler's Revenge-Outra música bem hard, embora se note claramente que há a preocupação de fazer algo diferente com o som. Os sintetizadores e overdubs são colocados bastante bem na música, o riff embora não tão cativante como na primeira música é bastante bom, assim como o refrão ser bastante pegajoso e poder resultar muito bem ao vivo.
Fica a nota, que para mim, esta música seria muito melhor trabalhada nas mãos dos antigos guns.

3- Better- Para mim a melhor música deste álbum, guitarras bem puxadas, solos muito bons, a voz do Axl perfeita, uma bateria a dar um ritmo bem heavy à música e uma série de indirectas na letra que podem ser entendidas de várias formas. Eis o refrão: "No one ever told me when /I was alone/They just thought I'd know better better"
Alguns versos: "Just use your head/ And in the end/ You'll find your inspiration/To choose your steps /And won't regret/ This kind of aggravation".
Por esta música valeu bem a espera.

4- Street of Dreams- Uma balada à Elton John, piano a abrir, uma letra que fala de sofrimento, uma guitarra bem melódica e a voz do Axl a dar um sentimento ainda maior à canção. Se puder comparar com outras músicas dos Guns, penso que a So Fine é a que mais se aproxima.
A letra provavelmente terá como inspiração o final da relação do Axl com a Stephanie Seymour.
Mais uma vez os old guns poderiam ter melhorado bastante a música, o Matt com a sua bateria mais pesada melhorava sempre as baladas, o baixo do Duff poderia dar uma interacção diferente com a introdução de piano.

5- If the World- Eis a música mais "estranha" destes Guns. Há quem adore esta música, há quem deteste, eu ainda não fiz o meu julgamento musical desta música.
Uma mistura de flamengo, com piano, com rock e com a voz esganiçada do Axl a exorciçar fantasmas. Fica a questão:"If the world would end today/And all the dreams we've had would all just drift away?".
Se o nosso mundo acaba-se como reagiríamos?
Esta música, provavelmente, seria uma grande desbunda com o Izzy e o Slash a tocar.

6- There Was a Time- Simplesmente não consigo descrever esta música, para mim é genial.
Mais uma vez seria uma música impensável de cômpor pela antiga formação-
A música está qualquer coisa de assombrosa, desde o inicio até ao belíssimo solo final(cada vez que ouço a introdução para este solo arrepio-me).
Ouçam.

7-Catcher N' The Rhye- Pois é, o livro que Mark Chapman leu antes de matar John Lennon. Curiosamente é também o livro que fascina Mel Gibson no filme a teoria da conspiração.
Esta música é adorada por muitos fãs, eu pessoalmente não sou grande fã desta música, embora seja bastante agradável de ouvir, no entanto perde-se num final que a banda quereria grandioso, mas que acaba por lhe retirar a sua beleza, pois o carácter simples desta música é o que mais me cativa.
Penso que seria uma música a que os antigos Guns dariam um toque de grandiosidade.

8 e 9 - Scraped e Rhiad N' the Bedouins - Faço a critica destas músicas juntas porque são as duas de rock industrial, e como não gosto de rock industrial não gosto das respectivas músicas. Embora admita que para os fãs do género, as músicas possam estar boas.
Ainda assim as letras estão muito boas e se a Scraped é sobre a determinação do Axl em fazer aquilo que quer, independentemente das opiniões contrárias, a Rhiad N' the Bedouins parece ser contra o Slash e os seus seguidores, ou poderá ser entendida como sendo contra todos os que tentaram meter abaixo Chinese Deomocracy, antes dele sair para o mercado.

10- Sorry- Grande música, uma balada à guns, grande solo, vozes muito bem colocadas, Sebastian Bach a cantar com o Axl e um sem número de farpas lançadas em todas as direcções. Adoro esta música e não há muito mais a dizer.

11- IRS - Grande malho de Hard Rock. É uma música à Guns.
Esta música resulta muito melhor ao vivo do que no álbum e só faz sentido ser ouvida se cantada pelo sr. Axl Rose.
Quem gosta de Hard Rock tem de ouvir esta, mas é exactamente por ser Hard Rock, que desconfio que seria ainda melhor, se feita pelos antigos Guns.

12- Madagascar- Mais uma música que parece desenhada para um daqueles épicos de Hollywood, tipo Breaveheart.
A música tem um começo estrandoso, muito bom mesmo, a junção entre as guitarras e o orgão está muito bem feita, tem vozes de filmes, discursos de Marin Luther King e um final muito bom, que apetece cantar a plenos pulmões.
No entanto, parece faltar algo a esta música que a tornaria num clássico, o quê? Não sei. Mas é essa a sensação que tenho. Não consigo a entender se a música sofre por ter tido uma pós-produção muito grande, ou se por ter tido uma pós-produção muito pequena.

13- This I Love- Para muitos fãs é a melhor música do álbum. É uma daquelas baladas à Axl Rose, com uma letra ao nível da estranged ou november rain e com um belíssimo solo de guitarra, que nem o Slash conseguiria compôr melhor.
Com um magnífico piano a acompanhar a voz do senhor Axl Rose e com a voz do senhor a dar aquela alma à música, a canção não poderia estar mais bem conseguida.

14- Prostitute- O final perfeito que poderia ser o inicio perfeito, a música é a junção dos antigos guns com os novos, uma linha de baixo e de bateria muito boas, com um flow de piano a agarrar-nos à música, as guitarras a fazer-nos lembrar que isto é Guns N' Roses e com o Axl a explicar que teria sido mais simples seguir o caminho mais fácil para a sua carreira, no entanto preferiu não se prostituir como outros fizeram.

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