Ora vamos então falar um pouco de política.
Fui um grande apoiante de Sócrates nos seus 3 primeiros anos de governo e porquê?
Foi um primeiro ministro que fez o que outros não tiveram coragem de fazer, e ao contrário dos outros que lá passaram não governou para os votos.
Não importava o tamanho da manifestação, o ruído que se fazia, os berros e acusações de Louçãs e Jerónimos de Sousa, pela 1º vez neste país fizeram-se reformas a sério na função pública, na saúde, na energia, nas forças armadas, etc...
Concordei e concordo com todas elas, são dolorosas mas o país não podia nem pode continuar a gastar mais do que aquilo que tem e os meninos da função pública se não estão satisfeitos que vão para o privado que logo vêem como é que elas lhes mordem, sim porque eles fazem muitas manifestações, mas não vejo ninguém a demitir-se do público para passar para o privado. Porque será?
Na saúde havia hospitais, urgências e centros de saúde que serviam para atender 5 a 6 pessoas por dia.
Na energia, finalmente temos um plano que vai fazer com que Portugal corte na despesa externa cerca de 40% daqui a alguns anos, e ainda poderemos exportar mão de obra especializada, assim como componentes industriais.
Quanto ás forças armadas nem vale a pena falar.
Depois ouve ainda mais bom trabalho feito, o aeroporto de Alcochete que depois de muitas confusões lá vai avançar, a informatização dos serviços estatais, que vai reduzir em muito a burocracia no Estado e vamos ficar por aqui para já.
Depois ouve algumas medidas que não entendi: a avaliação dos professores, ainda não consegui fazer um julgamento se é boa ou má, e o facto de ainda não se ter começado a cobrar as Scuts, porque sou a favor do utilizador/pagador, uma pessoa que viva no interior e que não usufrua de uma auto-estrada não tem o dever de estar a pagá-la se não usufrui dela.
Depois temos coisas como o Magalhães, que poderia ser uma ideia genial e pioneira no mundo, mas à boa maneira portuguesa os responsáveis transformaram-na numa anedota.
Neste último ano de crise, quando precisávamos de um Sócrates forte e de um líder, eis que Sócrates começa a governar para as eleições, a tentativa de salvação de todas as empresas, viáveis ou não-viáveis. Se o salvamento do BPN foi uma boa solução para evitar o pânico, o caso BPP é outra anedota, 5 meses depois e com milhares de milhões já gastos no banco o governo diz-nos:"AINDA ESTAMOS A ESTUDAR A MELHOR SOLUÇÃO".
Depois há as grandes obras, e se já me manifestei a favor do novo aeroporto (quer queiram ou não o avião é o transporte do futuro), o TGV neste momento é impensável devido à desequilibrada balança comercial portuguesa, já agora quando é que se vai fazer alguma coisa com os nossos caminhos de ferro que podiam ser aproveitados para tantos fins, a nova ponte sobre o Tejo, é estar a dizer aos portugueses, mais uma vez, que Lisboa é que é a prioridade, e a nova auto-estrada Lisboa/Porto é mais do mesmo, continuamos a encher o país de alcatrão quando já temos cerca de 600 km(!!!!), de auto-estrada a mais neste cantinho aqui à beira do Atlântico.
Como diria Manuela Ferreira Leite: " As grandes obras são boas é para as economias do Leste e de África", mas alguém consegue refutar esta afirmação?
Gostaria de levantar outro problema que ainda ninguém levantou em relação ás obras públicas: todos sabemos que em Portugal há sempre derrapagens em relação aos orçamentos iniciais das obras, já imaginaram as derrapagens que haveriam com estas obras e os seus resultados para o país?
Entretanto temos o novo código penal que só serviu para libertar espaço e despesa nas cadeias portuguesas, o país está cada vez mais perigoso, ninguém faz nada quanto à emigração ilegal e continuam a dizer-nos que vivemos num país seguro. - MAS JULGAM QUE NEM OLHOS TEMOS?!
Entretanto a Portugal já chegaram líderes das máfias das favelas brasileiras e ninguém se preocupa minimamente com isto.
Uma reforma na justiça é urgente neste país e parece que só um partido se interessa por isso, o CDS. A justiça forte é o primeiro passo que se tem de tomar para pôr um travão na corrupção, na criminalidade, nas desigualdades sociais e para que o país se torne mais atrativo para grandes empresas estrangeiras.
Há também o desemprego a crescer e a economia a descer, mas isso faz parte da crise internacional e basta olhar aqui para Espanha para ver-mos que podia-mos estar pior e só não estamos porque nos primeiros 3 anos de governo o défice foi controlado e fizeram-se algumas reformas importantes para o país.
Por fim o PS ainda nos saca este candidato ás Europeias, Vital Moreira. É verdade que calaram a ala mais à esquerda do partido, alguém ouviu mais o poeta Manuel Alegre, pois é depois desta nomeação amansaram o homem. Mas sejamos justos, Vital Moreira é o que o PS tem para nos representar na Europa? Meu Deus.
O pior é que depois olho para os lados e o que acontece:
PSD- Ultimamente tenho gostado de ouvir falar Ferreira Leite, tem sido bastante ponderada e com os pés bem assentes na terra e quanto à sua honestidade nem vale a pena falar, o problema é que ela já esteve no governo e não tem coragem para fazer o que o país mais precisa, REFORMAS, basta ver o governo do Zé Manuel.
PNR- Cheira-me que vão crescer nas próximas legislativas.
BLOCO- Têm o condão de me irritar, são populistas até à medula e vão ser sempre um partido do contra, essa é a sua génese não há volta a dar. Já nem vale a pena mencionar as ideias Trotskistas do Louçã.
PCP- Palavras para quê, os camaradas têm as mesmas ideias hoje que tinham à 10, 20, 30 40... anos atrás.
Ora vejam lá o que me sobra...
CDS- O Paulinho das feiras, o defensor dos pensionistas, dos agricultores e não sei quem mais, mas também os únicos com vontade de fazer reformas a sério no país, a começar pela justiça.
Pois é infelizmente estamos votados a escolher entre o mau e o menos mau.
Havemos de nos aguentar como sempre nos aguentámos, pobres, felizes, resmungões, a viver acima das nossas possibilidades e a colocar sempre a culpa no governo.
Não temos pão, comemos brioches.
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