Infelizmente e por falta de tempo, não tenho vindo aqui tantas vezes quanto as desejadas. Razões? Trabalho, mestrado e problemas pessoais que muito me inquietam.
Mas venho escrever sobre um filme que vi à bem pouco tempo e que recomendo vivamente (infelizmente tempo para leituras não existe mesmo, já me bastam artigos cientificos).
O filme que sobre o qual escrevo chama-se, Fome.
O filme retrata as condições desumanas a que se sujeitavam os presos do IRA na Irlanda do Norte, durante a greve da sujidade e do cobertor. Os presos recusavam a farda de prisioneiros, usando apenas um cobertor, na sua sela a latrina não tinha papel e as paredes eram castanhas (sim, exacto, adivinharam), recusavam banhos ou qualquer outra forma de higiene.
Neste bloco da prisão sofriam os presos (por opção), os guardas, médicos e todas as pessoas envolvidas com estes agentes.
Além desta realidade tão bem retratada no filme, acompanha-mos a greve de fome de Bobby Sands e a lenta deterioração e agoniante deterioração do seu corpo.
A vida de Raymond Lohan, o guarda prisional que vivia apavorado e marcado por tudo o que se passava no bloco.
Neste filme que retrata factos veridicos da luta dos militantes do IRA para obterem o estatuto de presos politicos, destaco também o magnífico diálogo entre o pároco da prisão e Bobby Sands, quando este decide que vai fazer greve de fome até ás ultimas consequências. Um diálogo a roçar a perfeição.
Vejam
sexta-feira, 16 de outubro de 2009
domingo, 11 de outubro de 2009
Gato Preto Gato Branco
Grande filme de Emir Kusturica.
Adorei ver este filme, ao contrário de Underworld, Gato Preto Gato Branco (GPGB) é um filme, na minha opinião, bem melhor.
Se Underworld é um grande filme no princípio, conforme o filme avança vai-se diluindo a sua qualidade, com Kusturica a complicar demasiado a acção para fazer passar ideias simples. O final do filme é mesmo anarquico e alternativo demais na minha opinião.
Já GPGB, é um filme em crescendo em que acabamos a dar gargalhadas com as personagens e com situações caricatas. Ao contrário da muita filosofia que é descorrida sobre esta obra, na minha opinião, este filme é apenas e só uma grande comédia, e que comédia... Uma comédia muito inteligente que com uma acção mais simplificada, consegue passar na perfeição as ideias do autor, e é claro um filme baseada em ciganos tem de ser muito rico em falcatruas e situações surreais.
Uma palavra para os cenários deste filme, simples mas deliciosos.
É também justo referir que não há filmes com melhor banda sonora, que os filmes de Emir Kusturica. Por vezes dá vontade de nos levantarmos e dançar.
Como grande fã de Tim Burton que sou, tenho de referir que me parece haver uma tendência Burtoniana na obra de Kusturica, em personagens marcantes e muitas vezes irreais, e em situações hilariantes e utopicas.
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