sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Fome

Infelizmente e por falta de tempo, não tenho vindo aqui tantas vezes quanto as desejadas. Razões? Trabalho, mestrado e problemas pessoais que muito me inquietam.

Mas venho escrever sobre um filme que vi à bem pouco tempo e que recomendo vivamente (infelizmente tempo para leituras não existe mesmo, já me bastam artigos cientificos).

O filme que sobre o qual escrevo chama-se, Fome.

O filme retrata as condições desumanas a que se sujeitavam os presos do IRA na Irlanda do Norte, durante a greve da sujidade e do cobertor. Os presos recusavam a farda de prisioneiros, usando apenas um cobertor, na sua sela a latrina não tinha papel e as paredes eram castanhas (sim, exacto, adivinharam), recusavam banhos ou qualquer outra forma de higiene.

Neste bloco da prisão sofriam os presos (por opção), os guardas, médicos e todas as pessoas envolvidas com estes agentes.

Além desta realidade tão bem retratada no filme, acompanha-mos a greve de fome de Bobby Sands e a lenta deterioração e agoniante deterioração do seu corpo.

A vida de Raymond Lohan, o guarda prisional que vivia apavorado e marcado por tudo o que se passava no bloco.

Neste filme que retrata factos veridicos da luta dos militantes do IRA para obterem o estatuto de presos politicos, destaco também o magnífico diálogo entre o pároco da prisão e Bobby Sands, quando este decide que vai fazer greve de fome até ás ultimas consequências. Um diálogo a roçar a perfeição.

Vejam

domingo, 11 de outubro de 2009

Gato Preto Gato Branco

Grande filme de Emir Kusturica.
Adorei ver este filme, ao contrário de Underworld, Gato Preto Gato Branco (GPGB) é um filme, na minha opinião, bem melhor.
Se Underworld é um grande filme no princípio, conforme o filme avança vai-se diluindo a sua qualidade, com Kusturica a complicar demasiado a acção para fazer passar ideias simples. O final do filme é mesmo anarquico e alternativo demais na minha opinião.
Já GPGB, é um filme em crescendo em que acabamos a dar gargalhadas com as personagens e com situações caricatas. Ao contrário da muita filosofia que é descorrida sobre esta obra, na minha opinião, este filme é apenas e só uma grande comédia, e que comédia... Uma comédia muito inteligente que com uma acção mais simplificada, consegue passar na perfeição as ideias do autor, e é claro um filme baseada em ciganos tem de ser muito rico em falcatruas e situações surreais.
Uma palavra para os cenários deste filme, simples mas deliciosos.
É também justo referir que não há filmes com melhor banda sonora, que os filmes de Emir Kusturica. Por vezes dá vontade de nos levantarmos e dançar.
Como grande fã de Tim Burton que sou, tenho de referir que me parece haver uma tendência Burtoniana na obra de Kusturica, em personagens marcantes e muitas vezes irreais, e em situações hilariantes e utopicas.