Confesso que não sou um grande fã de cinema alternativo, perdão, nem costumo fazer distinção entre cinema alternativo e cinema mais comercial, ou Hollywoodesco como diriam alguns.
Um dos últimos filmes que vi foi um chamado filme alternativo, de seu nome Vera Drake.
O filme é um drama passado na Inglaterra do principio os anos 50, que retrata a história de Vera Drake, uma mulher feliz com a vida, feliz com a sua família e respeitada pela comunidade, que leva uma vida paralela a fazer abortos clandestinos, ou como ela diz:"A ajudar rapariguinhas em apuros".
Vera vê-se em apuros quando a policia lhe bate à porta e a confronta com os seus crimes, tendo de contar as suas actividades à familia.
Em paralelo à história de Vera decorre a história de Susan, uma menina rica que é violada pelo namorado e que recorre aos médicos para fazer o aborto.
O filme é da realização de Mike Leigh, que tem uma maneira peculiar de trabalhar com os actores.
Normalmente os actores não sabem como se vai desenrolar a história da sua personagem, apenas sabem os traços gerais das suas personagens.
Ele coloca os actores a ensaiar as suas partes, mas apenas as suas partes, na cena em que Vera está com a familia e a policia lhe bate à porta, nenhum dos actores sabia quem estava do outro lado da porta, as suas reacções tiveram de ser improvidas para a cena em questão.
Resumindo ele trabalha as linhas gerais das personagens até o actor a ter a personagem bem enraizada, captando depois as emoções das personagens quando estas são confrontadas com um pedaço da história do filme.
Para mim foi uma óptima experiência ver este filme e ver como é colocada a questão do aborto nas suas bases legais contra as suas bases morais.
Vera Drake é uma personagem muito bem construída, e embora não seja uma história veridica, concerteza que terá acontecido com muitas mulheres em todo o mundo.
O filme foi distinguido, entre outros prémios, com o Leão de Ouro do Festival de Cinema de Veneza.
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