sábado, 29 de agosto de 2009

Identidade Kubrick

Vi o filme Identidade Kubrick (IK)e ao contrário da maioria das críticas que vi na net, o filme não me desiludiu antes pelo contrário. Posso até afirmar que ainda bem que não vi antes as críticas na net, pois assim deixaria de ver o filme, e agora ao pensar nisso vejo que teria perdido um bom filme.

IK é uma daquelas comédias que não nos faz soltar gargalhadas, mas ficamos do inicio ao fim com um sorriso aparvalhado na cara. Durante uma hora e meia esquecemos os problemas que nos rodeiam e a nossa vida e concentramo-nos nas aventuras do burlão Alan Conway (AC).

AC é um burlão, alcoólico e homossexual, que se faz passar por Stanley Kubrick (SK). Durante todo o filme AC engana as mais diferentes pessoas, o homem do talho, uma banda de heavy metal, criticos de cinema... enfim qualquer pessoa a quem pudesse roubar um apetecivel projecto, dinheiro ou por apenas umas horas de sexo.

O mais "nonsense" em todo o filme é que AC, nem sequer conhece a obra de SK, o que não o impede de enganar meio mundo.

Ao contrário da grande parte das criticas que li na net, penso que o filme alcança o objectivo a que se propõe, ser uma comédia que nos faz apaixonar, odiar, divertir e ter pena da personagem principal. Penso que o objectivo do realizador nunca foi fazer uma homenagem a SK, fazer uma obra-prima ou uma grande critica a Hollywood e ao show business.

Uma das criticas com que concordo é o facto de John Malcovich arrebatar o filme completamente para si, o seu AC é deveras fantástico e embora seja um grande boneco, também há por ali muito John Malcovich.

Enquanto vi o filme e as suas situações mais caricatas perguntava a mim próprio: "E se fosse eu a ser burlado desta maneira, não cairia também?" A resposta é: "Sim cairia.". De facto o ser humano não é dificil de enganar, basta ter à sua frente uma figura credível, ou melhor uma figura que pensemos ser credível, e ouvirmos exatamente aquilo que queremos ouvir. A partir deste momento estamos prontos para a "matança".

A verdade é que visto de fora, as burlas de AC parecem fazer parte de um qualquer cenário Kafkiano. Visto por dentro, bom visto por dentro, o guião do filme é baseado em factos veridicos e AC existiu mesmo.

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