Em Portugal aposta no Turismo traduz-se a maior parte das vezes na abertura de hotéis e investimento em campos de golfe. Basta ouvir os responsáveis falarem em jornais, na tv ou em qualquer orgão de comunicação social para entender que os responsáveis pelo turismo português só vêm à frente, auto-estradas, hotéis, campos de golfe, como paradigmas do desenvolvimento turistico.
Esta mentalidade advém do facto de os responsáveis raramente terem formação em Turismo, porque quem lhes dá os altos cargos achar que qualquer pessoa pode fazer bem esse trabalho. O pior é que quem tem o mínimo de formação turística arrepia-se com o discurso destes senhores, que de Turismo nada entendem.
O bom turismo tem uma grande dose de planeamento e muitas vezes o investimento não necessita de ser grande para o retorno ser também grande.
Se a aposta turistica deve primar por uma diversificação da oferta e pela criatividade, num mercado já saturado da aposta nos mesmos produtos, em época de crise essa diversificação e imaginação deve ser ainda maior, de modo a se investir pouco e ter alto proveito, ou seja, haver um saldo positivo na relação custo/benefício.
Ora foi exactamente isso que aconteceu nos Açores, com a aposta no Golfe Camponês (GC) na ilha do Faial nas encostas do vulcão dos Capelinhos.
O GC é uma aposta no regresso ás origens rurais da modalidade na Escócia. É uma modalidade praticada em zonas de pastagens de erva rasteira, os circuitos são compostos por 18 bandeiras, no meio de círculos com diâmetro de um metro que funcionam como buraco. Antes de cada tacada é possivel melhorar a posição da bola, numa distância igual ao comprimento do taco, mas apenas para os lados. Isto acontece devido ao terreno demasiado acidentado onde é disputado o jogo. A bandeira considera-se concluída quando a bola estiver dentro do círculo que a envolve.
Ao contrário dos verdes campos de golfe é substituído aqui por areia escura e fragmentos de rocha lavar vermelhor, e se se pode tentar jogar onde mais ninguém ousa jogar, pode-se também aproveitar para desfrutar das paisagens açorianas enquanto de joga. Importante é também referir que os Capelinhos é uma zona protegida e ainda assim é possivel jogar este desporto nestas zonas, ou seja, ao contrário do golfe tradicional este não é agressivo para o ambiente.
Se isto começou como uma brincadeira na ilha do Faial, hoje é um projecto que contagiou os orgãos turísticos responsáveis, como é o caso das Casas Açorianas, uma associação de turismo rural que tem co-organizado os 16 torneios já realizadas em todas as ilhas, à excepção da Graciosa e da Terceira.
Nos Açores o desporto é praticado num solo vulcânico como o do vulcão dos Capelinhos, nass encostas verdes da ilha com vista para a ilha do Pico, a deslocação dos jogadores em vez de ser no tradicional carrinho é feita num 4x4, os obstáculos podem ser vacas, bezerros ou cavalos.
O primeiro campo oficial deste desporto nos Açores será mesmo o cenário lunar dos Capelinhos.
O preço será de 10 a 15 euros por pessoa.
O que mais importa não será a competição em si, será sim o desfrutar da paisagem local, o convívio, o coffe-break e o almoço servidos no meio da paisagem, onde os jogadores se podem repastar com a gastronomia tradicional, como os queijos, batata-doce, enchidos caseiros ou chicharros fritos.
Alguém dúvida do sucesso deste pequeno investimento a médio longo prazo? Só quem nada perceber de turismo.
Com isto concluo: os nichos de mercado andam aí, estejam atentos meus senhores.
Esta mentalidade advém do facto de os responsáveis raramente terem formação em Turismo, porque quem lhes dá os altos cargos achar que qualquer pessoa pode fazer bem esse trabalho. O pior é que quem tem o mínimo de formação turística arrepia-se com o discurso destes senhores, que de Turismo nada entendem.
O bom turismo tem uma grande dose de planeamento e muitas vezes o investimento não necessita de ser grande para o retorno ser também grande.
Se a aposta turistica deve primar por uma diversificação da oferta e pela criatividade, num mercado já saturado da aposta nos mesmos produtos, em época de crise essa diversificação e imaginação deve ser ainda maior, de modo a se investir pouco e ter alto proveito, ou seja, haver um saldo positivo na relação custo/benefício.
Ora foi exactamente isso que aconteceu nos Açores, com a aposta no Golfe Camponês (GC) na ilha do Faial nas encostas do vulcão dos Capelinhos.
O GC é uma aposta no regresso ás origens rurais da modalidade na Escócia. É uma modalidade praticada em zonas de pastagens de erva rasteira, os circuitos são compostos por 18 bandeiras, no meio de círculos com diâmetro de um metro que funcionam como buraco. Antes de cada tacada é possivel melhorar a posição da bola, numa distância igual ao comprimento do taco, mas apenas para os lados. Isto acontece devido ao terreno demasiado acidentado onde é disputado o jogo. A bandeira considera-se concluída quando a bola estiver dentro do círculo que a envolve.
Ao contrário dos verdes campos de golfe é substituído aqui por areia escura e fragmentos de rocha lavar vermelhor, e se se pode tentar jogar onde mais ninguém ousa jogar, pode-se também aproveitar para desfrutar das paisagens açorianas enquanto de joga. Importante é também referir que os Capelinhos é uma zona protegida e ainda assim é possivel jogar este desporto nestas zonas, ou seja, ao contrário do golfe tradicional este não é agressivo para o ambiente.
Se isto começou como uma brincadeira na ilha do Faial, hoje é um projecto que contagiou os orgãos turísticos responsáveis, como é o caso das Casas Açorianas, uma associação de turismo rural que tem co-organizado os 16 torneios já realizadas em todas as ilhas, à excepção da Graciosa e da Terceira.
Nos Açores o desporto é praticado num solo vulcânico como o do vulcão dos Capelinhos, nass encostas verdes da ilha com vista para a ilha do Pico, a deslocação dos jogadores em vez de ser no tradicional carrinho é feita num 4x4, os obstáculos podem ser vacas, bezerros ou cavalos.
O primeiro campo oficial deste desporto nos Açores será mesmo o cenário lunar dos Capelinhos.
O preço será de 10 a 15 euros por pessoa.
O que mais importa não será a competição em si, será sim o desfrutar da paisagem local, o convívio, o coffe-break e o almoço servidos no meio da paisagem, onde os jogadores se podem repastar com a gastronomia tradicional, como os queijos, batata-doce, enchidos caseiros ou chicharros fritos.
Alguém dúvida do sucesso deste pequeno investimento a médio longo prazo? Só quem nada perceber de turismo.
Com isto concluo: os nichos de mercado andam aí, estejam atentos meus senhores.
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